Turma Educação Digital - Fenelon Câmara
Caríssimos (as), sejam bem vindos (as)! Este blog constitui um espaço de interação da turma de formação em Inclusão Digital do Fenelon Câmara, turno manhã, formadora Iolete. Portanto, um espaço para construção, reflexão, troca de conhecimentos e experiências. Bom trabalho!!!
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Memorial
Cláudia
O projeto de inclusão digital oferecido pela Prefeitura de João Pessoa visa a ampliar nossa capacidade ,enquanto educadores,para que possamos otimizar nossas ações junto aos alunos
No primeiro dia,com o professor Fydelles,foi aplicada uma dinâmica com o objetivo de integrar os participantes do curso.
Todos tiveram a oportunidade de falar sobre seus anseios e dificuculdades.
Foi um momento proveitoso e interessante porque pudemos falar sobre nós mesmos e sobre tudo que diz respeito ao processo de inclusão digital.
A partir do segundo dia, nós começamos a ter aulas com a professora Iolete e ela nos pôs frente ao sistema Linux e suas particularidades.
Temos percebido que o sistema é de fácil aprendizagem e que é uma ferramenta segura que possibilitará uma melhoria significativa em nosso dia-a-dia em sala de aula,como educadores.
As dificuldades são mínimas e as que se apresentam têm sido superadas com o auxílio da professora e dos colegas.
Resumindo,tudo é aprendizagem.
Ana Betânia do Nascimento
Tecnologias digitais na Educação
Tecnologia Digital e Educação
A Era Digital começou com o aparecimento do computador digital e tecnologias relacionadas na segunda metade do século 20. A tecnologia digital permitiu a existência da Internet que então surge como um novo meio comunicacional com grandes vantagens em relação à comunicação tradicional, sendo as principais a velocidade e a interação.
Antes da Era Digital a informação tinha sua origem e localização bem determinada e conhecida, porém com o advento da comunicação digital a informação torna-se móvel, mutável e imaterial, localizada no ciberespaço, o ambiente no qual trafegam dados, informações, conhecimentos e saberes digitais na rede de computadores. O ciberespaço oferece novas formas de relações sociais, o que tem repercutido nos diversos setores, como no mundo do trabalho, da educação, do lazer, dos negócios.
A Sociedade Industrial cede lugar à Sociedade da Informação, fruto de novos comportamentos e padrões culturais que a evolução tecnológica tem proporcionado, através da disseminação veloz da informação por meios nunca imaginados, trazendo impactos diretos na educação, na formação e no trabalho docente (1).
Têm-se colocado estas novas tecnologias como instrumentos capazes de promover a inclusão dos menos favorecidos, de educação, de exercício de cidadania. No entanto a tecnologia não é capaz de resolver os problemas econômicos e sociais da era que surgiu. Pelo contrario pode aprofundar as diferenças entre aqueles que tem acesso e os que não tem acesso a ela - a exclusão digital. Mesmo superando o problema da exclusão digital não se deve esperar mudanças se a tecnologia for de uso apenas instrumental. O simples uso da tecnologia, por mais avançada que seja, não promove mudanças, o desafio está em usar a tecnologia na educação porém de forma critica. Devemos estar atentos à questão do uso da tecnologia no ensino pois existem interesses comerciais de empresários querendo vender computadores para as escolas e do próprio governo em resolver rapidamente o problema da educação publica. Instalam-se computadores em umaescola e a propaganda cuida para que se tenha impressão deque o problema da educação publica está sendo resolvido, escolas particulares instalam laboratórios de realidade virtual para atrair mais alunos, a cada dia o ensino a distancia (EAD) através da Internet ganha espaço havendo já cursos inteiros de graduação através do EAD. O próprio EAD tem sido propagado como forma mais eficiente de democratização do ensino. A tecnologia é empurrada para dentro da sala de aula mas o professor cuja formação foi em outra época hesita em utilizá-la ou a utiliza sem critérios. Os alunos já acostumados com os computadores, Internet, jogos, sabem mais que os próprios professores e estes por sua vez entendem isto como uma ameaça à autoridade do professor na sala de aula.
Nesta nova cultura popular os jovens estão utilizando os computadores em casa para jogar, navegar na Internet, baixar e editarvídeos e músicas, comunicar-se, participar de comunidades sociais.Nas escolas o uso do computador é limitado, aprende-se a usar o editor de textos ou um outro programa, coisas úteis mas que são feitas sem criatividade, sem autoria. Além do aprendizado do uso destas tecnologias deve-se desenvolver capacidades criticas de como funcionam estas tecnologias, como a informação é produzida, de que forma a tecnologia pode ser utilizada para o aperfeiçoamento pessoal, autoria digital como na criação de sites e vídeos, etc. (2)
Aqui está o gargalho do uso da tecnologia no ensino, utilizada sem critério de forma instrumental pouco ou nada contribuirá para o aprendizado. Todos deveriam compreender as tecnologias digitais não como meros instrumentos mas como uma nova forma de cultura e comunicação. Quanto ao professor o desafio está, segundo Marco Silva, em modificar sua comunicação em sala de aula e na educação. Isso significa modificar sua autoria enquanto docente e inventar um novo modelo de educação (3).
A sala de aula deve mudar de seu jeito expositivo, comunicação unidirecional (o professor fala o aluno escuta) para uma forma de comunicação professor-aluno bidirecional, interativa, assim como o é a própria Internet. Professores e alunos são co-autores na criação do conhecimento. Devemos usar o potencial cognitivo e interativo das tecnologias de informação como recurso pedagógico e de divulgação de conhecimento na Era Digital. Quanto aos governantes estes devem proporcionar aos professores formas de se atualizarem para o uso destas tecnologias na sala de aula e não somente inaugurarsalas e laboratórios de computação e virar as costas.
Quero finalizar citando o filósofo Martin Hopenhayn (3), "Educar para a sociedade da informação e o conhecimento é muito mais que trocar livros por monitores. Requer a conjugação do melhor da tradição crítica e da experiência pedagógica acumulada com as novas opções tecnológicas, redução do fosso digital e recriação do valor de educar, harmonia da lucidez intelectual com a intuição afetiva, estímulo ao fazer sem esquecer o ser."
(1)Nascimento, R. do, Infovia e a Globalização na Informática, apostila do curso de especialização em Engenharia de Sistemas, ESAB, 2002.
(2)Aprendizagem e cultura digital. Disponível em <http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=revista_educarede.especiais_principal&&id_comunidade=0&ID_ESPECIAL=304>. Acessado em 06.05.2008.
(3)Sala de Aula Interativa: A Educação Presencial e a Distância em Sintonia com a Era Digital e com a Cidadania. Marco Silva. Disponível em <http://www.senac.br/BTS/272/boltec272e.htm>. Acessado em 06.05.2008.
(4)A educação na atual inflexão temporal: uma perspectiva latino-americana. Martín Hopenhayn. Disponível em <http://www.unesco.cl/medios/biblioteca/documentos/educacao_na_atual_inflexao_temporal_uma_perspectiva_latino_americana_martin_hopenhayn_revista_prelac_portugues_2.pdf>. Acessado em 06.05.2008.
Tecnologia Digital E Educação publicado 6/05/2008 por Eldereis de Paula em http://www.webartigos.com
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/5868/1/Tecnologia-Digital-E-Educacao/pagina1.html#ixzz0uJhhPKgJ
Postado por Cláudia em 21/07/2010